Após entrevista coletiva na quinta-feira, 15, a senadora Kátia Abreu (sem partido) disse que está determinada a se candidatar ao governo do Tocantins, disse que só acreditará nas pré-candidaturas de Ronaldo Dimas (PR) e Carlos Amastha (PSB) após eles renunciarem. Sobre a candidatura do governador Marcelo Miranda (PMDB), Kátia Abreu fez a seguinte consideração: “Eu creio que ele (Marcelo Miranda) será julgado, não estou dizendo que ele será condenado, mas que ele está pendente deste julgamento”, avaliou.
por Wesley Silas
“Estou preparada e firmemente disposta, determinada com a minha candidatura; mas, em primeiro lugar eu quero apresentar um projeto de Estado de desenvolvimento econômico que foque o combate a pobreza e eu acho que nenhum governador eleito deste Estado pode tirar isso da cabeça, pois temos 55% de pobres e extremamente pobres neste Estado”, disse a senadora.
Como toda candidatura precisa de um partido e de alianças, Kátia Abreu justificou que a escolha do partido que ela deverá se filiar vai depender de entendimentos local e nacional.
“Eu recebi vários convites, mas ainda estou avaliando a condição local, que é muito importante e, em nível nacional, porque eu gostaria de ter um projeto nacional e estar em um partido que tem um projeto nacional interessante. Então eu não vou filiar em um partido que eu não acredite nele de cima até em baixo”, explicou.
Como aliada e ex-ministra do governo do PT, Kátia afirmou que acredita nas candidaturas dos ex-presidentes Lula e Dilma. No caso de Lula ele teve seu futuro político ameaçado e poderá ter o registro de candidatura negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido sua condenação por lavagem de dinheiro e corrupção envolvendo a construtora OAS no conhecido caso do Triplex.
“Graças a Deus nós temos uma boa relação e desenvolvemos esta boa relação e estaremos juntos, de qualquer forma, agora em 2018 nas eleições e eu creio nisso que não teremos dificuldades e estamos dialogando para afunilar até as convenções”, disse a senadora.
A senadora avaliou também seus prováveis concorrentes na corrida das pré-candidaturas ao governo do Tocantins, em especial os prefeitos Ronaldo Dimas (PR) e Carlos Amastha (PSB) e o do governador Marcelo Miranda (PMDB). No entanto ela evitou citar nomes como o do senador Ataídes Oliviera (PSDB), o do presidente da Assembleia, deputado Mauro CArlesse (PHS) e do juiz Márlon Reis (REDE).
“Eu tenho absoluta certeza com o meu nome como pré-candidata. Os outros dois pré-candidatos são prefeitos de duas cidades importantes que ainda dependem de uma renúncia para que eu possa considera-los como candidatos. Depois das renuncias deles eu os considerarei com pré-candidatos. Por enquanto ainda precisa destes atos deles”, considerou.
Outro pré-candidato ao governo avaliado pela senadora foi o governador Marcelo Miranda (PMDB). Na avaliação da senadora a candidatura dele só poderá ser considerada após julgamento do caso do avião de Piracanjuba (GO), apreendido na campanha de 2014 com R$ 500 mil.
“O governador Marcelo Miranda não tem nenhum impedimento da lei eleitoral, mas poderá ter um grande impedimento processual jurídico até junho […] Existe um mutirão no País para julgar todos os candidatos do Brasil inteiro que não estão com processos de improbidade, mas que são outros processos criminais para fazer um arrastão até junho, então eu creio que ele (Marcelo Miranda) será julgado, não estou dizendo que ele será condenado, mas que ele está pendente deste julgamento”, disse.