Na disputa pela vaga do ministro Raimundo Carreiro, do Tribunal de Contas da União (TCU), indicado para a embaixada do Brasil em Portugal, a senadora Kátia Abreu (PPTO) conseguiu unir o apoio do Palácio do Planalto ao de senadores de oposição, como Renan Calheiros (MDB-AL). Ela concorre, como favorita, com Antonio Anastasia (PSD-MG), o preferido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP); e com o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra (MDB-PE).
da redação
A vaga de Carreiro é preenchida por indicação do Senado. O ministro foi escolhido no período em que Renan comandava a Casa e também é ligado ao ex-presidente José Sarney. Por isso, o MDB, maior bancada do Senado, com 15 parlamentares, vem atuando por um nome viável para a substituição, a fim de manter a influência no tribunal.
Em abril, Alcolumbre e Pacheco articularam para enviar Carreiro para o exterior e indicar Anastasia. A iniciativa, vista com simpatia pelo governo, foi barrada na época por emedebistas que não gostavam do plano pelo fato de favorecer um senador do PSD.
Segundo o Globo, nos últimos meses, com cada vez mais desgaste entre Alcolumbre e o Planalto, a estratégia mudou. Gestou-se um plano com o apoio do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) para emplacar Kátia Abreu na vaga. Ao contrário de Anastasia, um nome independente e ligado à “terceira via”, Kátia é de um partido da base do governo e é vista como alguém que atenderia políticos com mas facilidade.