“Teve um ano que foi devolvido R$ 89 mil do duodécimo da Câmara para a Prefeitura e no ano passado o dinheiro que sobrou o presidente fez uma reforma e ampliação no prédio da Câmara que hoje é ampla e atende a sociedade”, disse o atual presidente da Casa, Geraldo Laimer (PR), conhecido como Gerolline.
por Wesley Silas
O gaúcho e músico Geraldo Laimer (PR), 35 anos, de Passo Fundo (RS) assumiu a presidência da Câmara de Cariri com o desafio de reduzir os gastos de manutenção da casa em 50%, convocar os concursados e fazer oposição responsável ao prefeito Júnior Marajó (PV).
“Não sou da base do prefeito e não tenho nada contra ele que já nos fez uma visita cordial, mas não tenho nenhum tipo de combinação, acerto de emprego e com nada com ele. Eu sou oposição ferrenha e vou continuar porque fui eleito pela oposição”,diz Gerolline.
Um dos primeiro atos do atual presidente foi liberar a internet do prédio da Câmara para a comunidade que não tem acesso.
“Um estudante pode chegar aqui e fazer o trabalho dele e não vou limitar porque isto aqui é dinheiro do povo, voltando para o povo e é o mínimo que podemos fazer”, diz.
Gerolline também resolveu adotar a política do Governo do Tocantins em reduzir o horário de expediente que passou a ser seis horas corrida. Com isso, segundo ele, a Casa irá reduzir 50% em gastos de manutenção de expediente.
“Vou cortar custo e economizar 50% de energia e água devido a mudança do expediente que passará a ser apenas no período da tarde adentrando até às 19h, no modelo do Governo do Tocantins. Com isso, os ar condicionados, computadores, pepel, impressão e água não serão consumido durante o período da manhã. Eu posso concentrar o serviço em seis horas bem feito”, diz.
Ele também se orgulha por ser o primeiro presidente eleito com voto da maioria dos vereadores.
“Agradeço aos votos dos outros vereadores porque fui eleito como presidente da Casa por unanimidade e na história de Cariri fui o primeiro presidente eleito com os novo votos dos vereadores e sempre teve duas chapas”.
Segundo Gerolline, Casa Legislativa de Cariri é mantida como duodécimo de R$ 61.700,00 mensal que dá para pagar as contas, reformar o prédio e cobrir as demais despesas. Ele defende ainda que os vereadores não devem ficar presos aos benefícios que recebem da Câmara pra sobreviverem.
“O salário dos vereadores de Cariri não é alto e chega, aproximadamente, R$ 3.300,00 e eles podem continuar trabalhando fora da Câmara porque o vereador não é obrigado a viver apenas com o salário de vereador. Como exemplo, temos um vereador que é professor que não deixará de exercer sua profissão de educador”, disse.
Gerolline, lembra que a independência do Poder Legislativo com o Executivo Municipal são condições irrenunciável no sentido de garantir a autonomia e evitar privilégios pessoais.
“Não tenho nada contra o prefeito e nesta semana até fiz uma brincadeira quando um cidadão disse em uma rede social que era para colocar os caras (vereadores) para trabalhar e eu respondi para ele que vereador não é empregado do prefeito, mas trabalha para o povo porque foi eleito pelo voto povo e os poderes são distintos”, disse.
Outra proposta do atual presidente será a digitalização dos arquivos da Câmara Municipal, como as Leis e Regimento Interno da Casa e, para aproximar da comunidade ele planeja fazer Sessões Itinerantes nas regiões mais afastadas da cidade.
“Pretendo implantar nos próximos seis meses a Câmara Itinerante porque temos três assentamentos, e tem um com 187 famílias, e essas pessoas não têm acesso as Sessões da Câmara Municipal, mas o vereador pode deslocar e ir até eles”, concluiu.