Procissão fluvial de Paranã que teve início em junho de 1977 retorna após dois anos de suspensão em virtude da Covid-19

por Redação

A tradição perpetuada durante os festejos em honra ao padroeiro São João Batista e ao Divino Espírito Santo foi retomada no último sábado, 25, após dois anos de suspensão em virtude da Covid-19. A programação, que também contou com as festas do Imperador e da Imperatriz do Divino e do Capitão do Mastro chegou ao final no domingo.

A procissão era aguardada com ansiedade por uma de suas organizadoras, Maria Cleonita, a dona Kita, que cresceu ouvindo as histórias sobre Paranã contadas pelo avô historiador. Hoje, os 2 km percorridos entre os rios Palmas e Paranã foram acelerados pela adoção de canoas com motor, todas enfeitadas para este grande momento. O barulho os motores se mistura aos cânticos entoados durante todo o trajeto. Em terra firme, entre o ponto de desembarque e o retorno à Igreja Matriz São João Bastista, pela Rua Rui Barbosa, mais fieis e a banda de música se unem ao grupo.

Distribuídos entre os 20 barcos estavam os festeiros, escolhidos ainda em 2019, o Imperador Erley Félix de Santana, a Imperatriz Jaqueline Costa Silva Santana, o Capitão do Mastro Eldir Bezerra, o encarregado da Esmola Geral, Júnior Benedites, o Rei e a Raminha do São João, as crianças Paulo Vítor e Ana Luíza, que representam o futuro de uma tradição que dever ser preservada. Cada um deles também teve seu momento especial, com coroação, cortejos, distribuição de alimentos típicos, missas.

O pároco local, Padre Gleibson Moreira, em sua primeira procissão fluvial ressaltou a importância da atividade, carregada manifestações de alegria, gratidão, fé, além de uma mensagem de renovação e preservação ambiental. Também comemorou a entrega de duas restaurações, da imagem do Sagrado Coração de Jesus e dois castiçais.

O secretário de Cultura e Turismo Hercy Filho ressalta a importância religiosa e cultural da retomada dos festejos em Paranã, em especial a participação de jovens e crianças. “Nossas cidades históricas e suas comunidades são guardiãs das tradições e a presença de jovens crianças é a garantia de que elas não se perderão”, comemora.