Conforme a Polícia Federal a “Operação Caninana” ocorrida no dia 22/06, visou desarticular organização criminosa, instalada dentro da Polícia Civil do Tocantins, responsável por vários homicídios ocorridos no dia 27/03/2020 na capital do Estado, ocasião em que a Polícia Federal chegou a pedir a prisão temporária de dois delegados, mas os pedidos foram negados. “Assessoria Jurídica do Sindepol/TO não teve acesso à íntegra do procedimento, o que causa estranheza, na medida em que diversos órgãos de imprensa já divulgaram informações sensíveis da investigação, expondo dados, nomes e imagens que podem comprometer a segurança individual e o próprio estado de inocência garantido constitucionalmente a todos os cidadãos”, manifestou o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Tocantins (Sindepol/TO), Delegado Bruno Azevedo.
por Wesley Silas
Em nota o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Tocantins (Sindepol/TO) informou que desde a deflagração da denominada “Operação Caninana”, no dia 22 de junho , vem acompanhando todos os trâmites jurídico-procedimentais da investigação, colocando a plena disposição dos filiados toda a estrutura de apoio jurídico da Entidade.
“A despeito de solicitação formal, até o presente momento a Assessoria Jurídica do Sindepol/TO não teve acesso à íntegra do procedimento, o que causa estranheza, na medida em que diversos órgãos de imprensa já divulgaram informações sensíveis da investigação, expondo dados, nomes e imagens que podem comprometer a segurança individual e o próprio estado de inocência garantido constitucionalmente a todos os cidadãos”, informou a nota assinada pelo delegado Delegado e presidente do Sindepol/TO, Bruno Azevedo.
Participaram da Operação CANINANA, cerca de 60 policiais federais que cumpriram 10 mandados de busca e apreensão, 5 prisões preventivas e 14 medidas cautelares diversas da prisão, dentre as quais a suspensão da função pública dos investigados. A Polícia Federal chegou a pedir a prisão temporária de dois delegados, mas os pedidos foram negados.
“Destarte, diante da impossibilidade de análise mais densa das imputações supostamente individualizadas pela Polícia Federal, em virtude da total ausência de acesso aos autos, esta Entidade reitera a necessidade de observância plena dos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição da República e informa que buscará todas as medidas legais para que os filiados citados na operação tenham os seus direitos respeitados por meio de um procedimento hígido, transparente e responsável”, comentou o presidente do Sindepol/TO.
A operação, denominada como Caninana, foi autorizada pelo colegiado de juízes do Tribunal de Justiça do Tocantins. Também foram autorizadas 14 medidas cautelares diversas da prisão, dentre as quais estão a suspensão da função pública dos investigados.