Após ser noticiada inviável ambientalmente pelo Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente que negou no ano de 2005 licença prévia para o empreendimento e descartada pelo mesmo órgão em 2006 e teve o projeto engavetado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2018, a usina de Ipueiras com capacidade de produção de 480 MW, voltou a ser debatida e, conforme uma fonte ligada ao governador Mauro Carlesse, está preste a ser liberada para fortalecer matriz energética do Brasil, projeto este que tem como aval o presidente Jair Bolsonaro.
por Wesley Silas
Caso concretize a implantação da Hidrelétrica de Ipueiras, haverá grande ganho econômico para região, em especial ao município de Gurupi, devido a previsão do lago ficar a 2km do Trevo da Praia onde o governo pretende asfaltar a TO-365 que dá acesso ao local. A obra prevê ainda formação de lago no Rio Santo Antônio favorecendo a implantação de piscicultura e fortalecimento do turismo. “O investimento previsto será de R$ 4 bilhões e para concretizar e o governador Mauro Carlesse tem em sua agenda audiências com Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e com o presidente Jair Bolsonaro que estão empenhados em liberar a construção de Hidrelétrica”, informou um assessor do governador Mauro Carlesse ao Portal Atitude.
Conforme a fonte ligada ao governador Mauro Carlesse, o novo pedido de licenciamento ambiental do projeto está sendo reavaliado dentro de uma nova perspectiva que prevê tecnologia de menor impacto e neste novo estudo leva em consideração o uso da barragem para perenizar rios como o Santo Antônio e até mesmo o Pouso do Meio localizado no município de Gurupi. O projeto tem a simpatia do presidente Jair Bolsonaro que nos bastidores, ao lado do governador do Tocantins, Mauro Carlesse, tem movimentado as peças para que ele possa acontecer o mais rápido possível, dentro de uma estratégia de precaver uma crise energética que ameace o crescimento econômico do país nos próximos anos.
Contudo, um dos maiores desafios é a crise hídrica que o sistema elétrico atravessa no Brasil, o que pode provocar um novo “novo período crítico” na geração de energia, conforme apontou no mês de julho um estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), decorrente a mudança climática global sobre a indústria de energia do Brasil, levando em conta que as hidrelétricas representam mais de 60% da capacidade energética do Brasil e na década de 80 o percentual chegou a 80%. Queda, conforme o estudo, decorrente aos reservatórios não conseguirem recuperar os níveis de água, como tem acontecido na Hidrelétrica de Peixe, que reduziu, substancialmente, a sua capacidade de produção.