Por Meiry Bezerra
A cada ano, a depressão é um transtorno mental que continua gerando crescentes danos. Em todo o mundo cerca de 300 milhões de pessoas são afetadas, de acordo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, indicam aumento de 34,2% no número de pessoas que receberam o diagnóstico em relação a 2013. Já são mais de 16 milhões de brasileiros acima de 18 anos sofrendo com a depressão.
Os esforços coletivos são importantes para evitar o aumento de novos casos e, ao mesmo tempo, ajudar quem está em sofrimento psíquico.
Quando discutimos abertamente sobre como a depressão pode ser grave, mas também sobre os tratamentos disponíveis, menos pessoas sofrerão caladas sem receber ajuda. Essa é uma ponte para diminuir o preconceito enfrentado por quem sofre de transtornos mentais, que geram prejuízos por vezes invisíveis, mas devastadores.
Falar de prevenção também é necessário. Isso envolve abordar a importância dos hábitos saudáveis como qualidade de sono, da alimentação, manejo do estresse, prática de atividade física, cultivo de bons relacionamentos, cuidados com as próprias emoções, além de fatores sociais, econômicos, biológicos, acesso a serviços de saúde mental, entre muitos outros aspectos. Também diz respeito ao desenvolvimento de uma cultura coletiva, em que a saúde mental seja percebida como importante para o bem-estar de todos.
Conhecer a si, cuidar das próprias emoções não deve ser visto como desnecessário ou supérfluo. Nesse sentido, a solidariedade é um caminho de aproximação para auxiliar quem precisa ser poio. Que tal acolher com respeito a dor de um amigo, vizinho, familiar, colega de trabalho ou até de um desconhecido que está em sofrimento emocional?
A depressão tem tratamento, a ajuda especializada é importante. Conhecimento, apoio e solidariedade são decisivos para que mais pessoas recebam suporte adequado e haja menos preconceito.
Meiry Bezerra
Psicóloga (CRP 23-1445)
Jornalista
@meirybezerrapsicologia / [email protected]]