Neste romance de Moura Lima, o sertão do Jalapão, do vale Araguaia e Tocantins é visto e contado de uma maneira introspectiva, e não como uma rincão a ser descrito, ou como um rosário de costumes que se vislumbra como fantástico.
Por Redação
A cosmovisão da obra resulta de um processo de interação ampla do autor com a temática e o meio. Moura Lima utiliza-se da linguagem realista do sertão tocantinense, falada pelo capitão-jagunço Labareda e seu bando de cabra-macho-remachado em sua extensa e reflexiva narrativa sertão afora. É o ciclo do jaguncismo e das hostis de bandoleiros que infestaram o Norte de Goiás.
Ler o livro é andar pelos gerais do Jalapão, sentindo o cheiro da terra, das matas, o som encachoeirado dos ribeirões, a fala fluente do sertanejo, suas esperanças, fé, exclusão social, e o estridular dos berrantes na condução das boiadas.