Moradores de Miranorte relatam que o Rio Providência, responsável pelo abastecimento de água da cidade encontra-se em estado crítico. “Além dos desmatamentos que provocam os assoreamentos estão também as questões das irrigação e outorgas do direito do uso da água que os órgãos ambientais autorizam para grandes produtores de lavouras de abacaxi”, disse Wellington Pereira de Souza ao Portal Atitude.
Por Wesley Silas
Castigado pela exploração da agricultura e pecuária, o Rio Providência necessita com urgência de um programa de revitalização para que os recursos naturais e a produção agrícola sejam integrados com sustentabilidade.
“A grande verdade que observamos aqui e, a cidade toda sabe, é o que tem matado o rio, além dos desmatamentos que provocam os assoreamentos, são as outorgas do direito do uso da água que os órgãos ambientais autorizam a irrigar grandes lavouras de abacaxi”, relata o policial, Wellington Pereira de Souza.
De acordo com Wellington, a diminuição da água tirou dos moradores opção de lazer da comunidade.
“Este local era incrível, centenas de pessoas desfrutaram desta beleza por muitos anos. A capitação de água da Saneatins fica 150 metros deste ponto e agora rio aqui está pedindo socorro e se não for tomada uma atitude por parte dos órgãos ambientais no futuro próximo, mais próximo mesmo, a nossa comunidade não vai ter água para beber”, relata o policial.
Para Wellington resta aos moradores cobrar dos órgãos ambientais o controle de emissão de outorgas e elaboração de políticas públicas de recuperação do rio e cada morador assuma a responsabilidade para preservar os recursos hídricos.
“Para quem conheceu o rio antes e ver hoje chora pois está muito triste. O rio está morrendo e pedindo socorro. Temos que sensibilizar estes órgãos ambientais para parar de conceder essas outorgas de água e tentar cobrar dos fazendeiros a zelar das matas ciliares que cobrem os mananciais porque no futuro próximo não teremos água para beber”, relata.