Alô Sindicatos! Na semana que comemorou o Dia dos Professores, o Secretário Municipal de Educação de Gurupi, Eurípedes Fernandes Cunha deu “presente de grego” ao comunicar, via oficio, que os professores terão que trabalhar todos os sábados para que o ano letivo termine no dia 13 de dezembro, um dia antes da rescisão dos contratos temporários dos professores.
Por Wesley Silas
Com feriados, greve ou sem greve; a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) determina que professores devem cumprir 800 horas de serviço, correspondendo a 200 dias por ano.
“As aulas dos dias 14, 15, 18, 19, 20 e 21 de dezembro de 2017, deverão ser ministradas nos dias 21 e 28 de outubro, 03, 04, 11 e 25 de novembro, sendo que no dia 13 de dezembro será letivo e deverá ser realizado o Conselho de Classe final”, escreveu Eurípedes em um oficio destinado aos diretores (ras) das Unidades Escolares.
Após justifica crise financeira e frustrações de receitas, no final o secretário informa que “a partir do dia 14 de dezembro será rescindido o contrato temporário de todos os professores, auxiliares de serviços gerais, merendeiros e auxiliares administrativos, lotados nas Unidades Escolares e Secretaria Municipal de Educação”.
O oficio do secretário indica que sua pasta não planejou e, com isso, coloca mais um fardo nos professores que não terão o direito ao descanso nos próximos seis sábados, num momento em que o País vive um apagão de professores devido a desvalorização, conforme relatou do Dia dos Professores a presidente executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, ao defender as condições de trabalho do docente
Enquanto isso, o Ministério da Educação (MEC), adiantou que nos próximos dias será lançado uma política nacional de formação de professores, voltada a valorização dos profissionais. “Para exercer essa profissão, ele precisa ser valorizado em todas as suas dimensões”, diz o ministério, em nota publicada no Dia dos Professores.
“(…) Surgiram situações em que reagi de maneira inadequada porque estava cansado. Minhas forças esvaíram-se totalmente no preparo de uma matéria nova para mim, que me exigiu em demasia (…).
(…) Assumi minha tarefa com entusiasmo e idealismo, mas agora estou exausto… só estou reagindo às exigências externas e que, por isso, jamais consigo satisfazê-las.(…)”
Relado da Profº Heinz Zimmermann em sua obra “Forças que impulsionam a educação”