A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) afirmou ao Portal Atitude que abriu a possibilidade de realização de eventos agropecuários em locais fechados nos municípios de Gurupi, Dueré, Fiqueirópolis, Araguaçu e Lagoa da Confusão, mas, a proibição partiu da Justiça. “A Adapec afirma ainda que reúne as condições estruturais e de pessoal, para fiscalizar todos os eventos pecuários cadastrados e legalizados”, aponta.
por Wesley Silas
Em resposta a matéria publicada ontem no Portal Atitude sobre manifestação de criadores de cavalos que defende a liberação de eventos em locais fechados, a Adapec enviou uma nota informando o seu posicionamento.
Na nota ela lembra que “meio da Nota Técnica Nº 04, emitida no dia 13 de maio de 2016, a Agência sugeriu que nos municípios de Formoso do Araguaia, Sandolândia e Cariri do Tocantins, onde foram registrados 24 casos positivos de mormo, não ocorram aglomerações de eqüídeos em eventos como cavalgadas e tropeadas e, nos municípios limítrofes aos focos: Gurupi, Dueré, Fiqueirópolis, Araguaçu e Lagoa da Confusão, abriu a possibilidade de realização de eventos agropecuários em locais fechados, desde que estejam devidamente cadastrados e autorizados na Adapec”.
Em seguida informou que a “proibição da realização de eventos com aglomerações de equídeos em eventos abertos e fechados coube à justiça, por meio de liminar que está sendo cumprida pela Agência com acompanhamento do Ministério Público Estadual”.
Sacrifício de animais e contra-prova
A Adapec respondeu também questionamento de criadores que reclamam não terem a liberdade de realizar contra-prova em seus animais para confirmar a doença do mormo.
“Atualmente, os sacrifícios são feitos somente após dois exames: fixação de complemento e uma segunda prova confirmatória (maleína), realizados em laboratórios oficiais, seguindo a Instrução Normativa Ministerial nº 24, de 5 de abril de 2004”, pontuou.
Segue abaixo a íntegra da nota:
NOTA
Veículo: Atitude – Portal de Notícias
Assunto: Reportagem – Doença do Mormo: Criadores de cavalos buscam liberação de eventos fechados
Sobre a realização de eventos agropecuários na região sul do Tocantins, a Agência de Defesa Agropecuária esclarece que:
Por meio da Nota Técnica Nº 04, emitida no dia 13 de maio de 2016, a Agência sugeriu que nos municípios de Formoso do Araguaia, Sandolândia e Cariri do Tocantins, onde foram registrados 24 casos positivos de mormo, não ocorram aglomerações de eqüídeos em eventos como cavalgadas e tropeadas e, nos municípios limítrofes aos focos: Gurupi, Dueré, Fiqueirópolis, Araguaçu e Lagoa da Confusão, abriu a possibilidade de realização de eventos agropecuários em locais fechados, desde que estejam devidamente cadastrados e autorizados na Adapec.
Portanto, a Adapec esclarece que a proibição da realização de eventos com aglomerações de equídeos em eventos abertos e fechados coube à justiça, por meio de liminar que está sendo cumprida pela Agência com acompanhamento do Ministério Público Estadual.
A Agência de Defesa esclarece também que não é facultado ao agente público o não sacrifício do animal positivo de mormo, uma vez que não existe vacina ou tratamento para a doença. Atualmente, os sacrifícios são feitos somente após dois exames: fixação de complemento e uma segunda prova confirmatória (maleína), realizados em laboratórios oficiais, seguindo a Instrução Normativa Ministerial nº 24, de 5 de abril de 2004.
A Adapec afirma ainda que reúne as condições estruturais e de pessoal, para fiscalizar todos os eventos pecuários cadastrados e legalizados. Já os eventos abertos se tornam um desafio pela abrangência de espaço e quantidade de animais envolvidos, que podem se tornar proliferadores de doenças.
A Agência reafirma seu compromisso com a segurança sanitária dos animais, com a prevenção, controle e combate ao mormo, visando impedir a disseminação da doença, protegendo assim o rebanho equídeo tocantinense e preservando a saúde da população. O mormo pode ser transmitido ao homem e se não tratado pode levar à morte do individuo.