Projeto foi liderado pelo designer Marcelo Rosenbaum fez de colégio interno da Fazenda Canuanã, da Fundação Bradesco, localizada na zona rural de Formoso do Araguaia uma verdadeira escola-casa. “Tudo o que fizemos foi pensado para garantir a essas crianças a sua intimidade e privacidade.”, disse Rosenbaum ao Estadão
por Redação
Na zona rural de Formoso do Araguaia, sul do Tocantins, existe há quase 45 anos a Fazenda Canuanã, localizada num encontro de 3 biomas, cerrado, pantanal e amazonia que oferece uma escola rural em regime de internato mantida pela Fundação Bradesco.
A reforma do prédio da escola Canuanã, localizada 320 quilômetro de Palmas, foi contemplado com o prêmio de “Melhor Edifício de Arquitetura Educacional do mundo” de 2018, outorgado pela Building of the Year.
Estão matriculados um total, 780 alunos de 7 aos 17 anos vivem na escola, onde estudam, brincam, comem e dormem e o regime de internato é empregado para acolher alunos de localidades ainda mais afastadas, conforme informações do Estadão. No projeto premiado foram redesenhadas as moradias de 540 crianças em dois prédios divididos entre as meninas e meninos. “Tudo o que fizemos foi pensado para garantir a essas crianças a sua intimidade e privacidade.”, disse Rosenbaum ao Estadão. Segundo ele foi atendido os pedidos dos alunos que queriam uma estrutura que oferecesse moradia fresca, devido a alta temperatura que pode chegar a 40ºC.
Os arquitetos chegaram a visitar as casas das famílias para mapear elementos com potencial de gerar identificação. “Visitamos populações ribeirinhas, caboclas e indígenas para fazer esse levantamento visual e cultural”, lembrou o arquiteto Pedro Duschenes.
A construção usou painéis de palha trançada, tijolos de solocimento, chão de cimento queimado e madeira laminada. Cada criança tem o próprio gavetão para guardar suas coisas, além de um abajur e um espelho –para que possam enxergar e valorizar sua individualidade.
De acordo com Ricardo Figueiredo, diretor da escola, as mudanças foram sentidas rapidamente a partir da entrega dos quartos, no início de 2017. “[Os alunos ] estão muito mais tranquilos, passaram a valorizar o silêncio, cuidam muito da estrutura. Para muitas dessas crianças, é a primeira vez que eles têm um quarto, já que a maioria mora com os pais em casas de apenas um cômodo.”